A boa estreia no dentista depende muito dos pais
A principal recomendação para quem vai levar uma criança em sua primeira consulta odontológica: a experiência negativa do adulto não pode ser transferida ao pequeno. Ele não tem ideia do que é. Há elementos visuais e equipamentos, por exemplo, que incomodam os pais e a criança nem liga. Outro exemplo clássico é o barulho do motor. Há criança que curte muito o som que sai da escova porque ainda não tem nenhuma experiência negativa. Normalmente o que incomoda mais os pequenos é o algodão.
Essa estreia no consultório também costuma ser um momento de tensão para os pais, que se preocupam com o comportamento do filho. Antes de chegar ao local, familiarize seu filho sobre o assunto, contando experiências positivas e atitudes que podem ser divertidas, como ‘o dentista joga água na boca, faz ventinho, dá presente no fim da consulta…’. A ideia é levar esse cenário como algo normal na rotina infantil e adulta. Todo mundo vai ao dentista. Atenção às palavras. Fuja das negativas, mesmo que a intenção seja positiva. Evite frases como ‘Não vai doer nada’ e palavras como dor, susto, gosto ruim etc.
Aqui na clínica, dividimos a consulta em duas fases. Na primeira acontece uma conversa com os pais sobre higiene e alimentação do pequeno paciente. A segunda parte trata do condicionamento psicológico, para a criança entender dentro de sua realidade os procedimentos do dentista e ficar tranquila no ambiente. Também recomendamos que os pais ou responsáveis cheguem antes do horário da consulta, para que a criança fique na brinquedoteca e se distraia. Ali já vai começar a criar uma relação saudável com o consultório.